segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sorrisos são quando a verdade da alma pede carona prum tempo que passa ligeiro.

Reconheçamos sorrisos dos olhos. Esses vão além.

sábado, 11 de junho de 2011

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São como dinamites.
Não importa o tamanho do pavio,você é ali perto da ponta e eu sou o último milímetro antes da pólvora.
Se explodir é a função, eu vou ter que me queimar, mas para eu me queimar você vai ter que se queimar primeiro.

sábado, 30 de abril de 2011

Eu, passarinhado.

Sou passarinho que acabou de sair do ninho, e ainda não sei como saí. Se fui jogado ou se foi por intermédio natureza, da minha natureza.
Asas frágeis, sem treino. Pernas finas e fracas, fracas até para suportar meu pequeno peso. Penas ralas e espaçadas ainda me acompanham. São marcas da minha pouca experiência
O fato é que, nessa sede de voar, mesmo com a inexperiência, alcancei alturas maiores do que deveria, e olhando lá de cima, de onde tudo parece menor, tive medo.
Meus semelhantes, passarinhos de notável pequenez, lá de cima, parecem ainda bem menores; meu medo, era que a perspectiva desse olhar me fizesse acreditar que eu maior em outros sentidos. Eu não nasci pra ser maior. Quero ser igual. Passarinho passarinhado mesmo.
Lá em cima não é lugar de passarinho recém saído do ninho, é lugar de passarão, de predador. Aves grandes e perigosas, com garras imensas, bicos com fios de corte afiados o fuficiete pra deixar marcas pra vida toda. As unicas marcas que quero, são as que o vento vai deixar quando pentear minhas penas, reflexos de onde andei enquanto eu me procurava.
Eu, ultimo ovo do ninho, chocado e criado com atenção, resolvi que quero voar mais baixo. Não é só por medo. É também pra poder voar mais longe. Passarinho por passarinho, também não quero voar sozinho. Quero fazer aquele V na imensidão do céu azul e ir cada vez mais ao centro desse Cruzeiro do Sul, encontrar a estrela menor, mas que não se apaga e nem perde o valor. Mesmo sendo a estrelinha estrelinhada, se ela morrer, não será mais Cruzeiro. Passarinho pequeno, não é passarinho menor.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

TV Tédio



Cômodo até demais. Pra que jornal quando a intenção é se informar? Pra que cinema ou teatro pra se entreter? Basta inundar a sala de estar com luzes frias e escuras da caixa com maiores proporções, mais rasa e vazia a cada dia.
O conteúdo LCD, HD, 3D e –supostamente- interativo é cada vez mais desinteressante. O Fantástico não é mais fantástico; o domingo não tem nada de espetacular; os autores das novelas e as próprias parecem esgotados; jornais não passam de um ‘’vale a pena –ou não- ver de novo em que os escândalos e/ou tragédias familiares tomam a maior parte das manchetes por dias, quem sabe meses...
Aperta-se o Power. Anulam-se as sinapses. Que tal uma grande greve para a fábrica de sonhos? Deixemos as polêmicas mesquinharias para a TV e busquemos apoio nos livros que nos trouxeram até aqui. Internet não deixa de ser uma boa pedida também, mas é preciso seleção.