quinta-feira, 29 de março de 2012

Resumo

Das bobagens que me cercam, eis que de novo discorro sobre o cada vez mais comentado e indiginado amor.
Quatro letras; uma, duas, tres, quatro, cinco mil pessoas. Por que não?
Eis que então, a contragosto (ou não totalmente) abandono a postura incompreendida que até então eu tinha (procurava ter) sobre o banal, carnal e irracional amor.
Entre amorecos, amoricos e amores, a verdade é que nunca menti amar. Amor não se mente. Acredito, hoje, que qualquer um que o diga ou o expresse tem a maior convicção do universo que diz verdade plena e absoluta, e ai de quem discorde ou julgue.
Entre idiotas, chat@s, gord@s e fei@s encontrei a minha forma delicada e especial de demonstrar afeto. Afetar é ter afeto. Confusão sim, é claro. O que mais valeria se não isso?
Carinho... Delícia é ter carinho! Como são gostosos os romantismos de quinta categoria. Prazer é degustar pratos sem gosto. Tato...
O deleite do paladar se confunde com os aromas da audição numa fabulosa sinestesia. Anestesia. Realismo fantástico talvez!?
Provavelmente não. Quem foi que teve a ousadia de pensar um dia sequer na insignificante vida que amor pode ser real?
Eu, de certo.
É que é fogo que apaga antes de se ver e continua escaldante. E queima... Como queima. Arde em brasa por dentro. Refresca por fora. Molha a nuca. Cólera esperada e gostosa. Estado febril dos abençoados pela pressão adulterada. Que culpa tenho eu da ceticidade do povo. Ver para crer, é assim que me ensinaram, é assim que eu aprendi.
Amor. Está aqui! Já foi... Onde?
Não vi. Você viu?
Ninguém viu!...
Alguém sabe onde ele se esconde? Eu sei.
Você também sabe.
Não é obvio?!

Coração que nada. Isso é coisa de fracassado.
Amor é fogo de palha. Descontentar-se de contente.
Se eu disse agora a pouco e já não digo mais é por que já era. É rápido. Passa e ninguém vê, e se ver também pouco importa. Se já foi não tem importância. A brincadeira é minha e eu é quem mando.
Causa e efeito? Mais causa que efeito eu diria. A química, a física, engenharia. Arquitetar pontes de gelo sobre vulcões ativos e esperar que derretam em tempo hábil, mas que seja útil.
Que seja o amor movido pelas coisas boas. Se tequila é combustível, que só funciona enquanto estiver adulterado.
O amor se esconde em copos de cerveja, vodcas, uísques, cigarros, orgasmos. Causa e defeito então, eu diria. Causa é defeito.
Defeito sim. Amar é embreagar-se de bebida barata e torcer pra não botar pra fora na primeira hora da manhã seguinte...
Não esquecer: Jamais durmir fora de casa, o porre pode passar bem antes do que a gente imagina. Mas amar! Porra, é lei: amar como nunca pensou ser possível...